Ushuaia 99 - Parte 12
A viagem dia-a-dia (23/01 - 24/01)
Descrição da viagem dia a dia:
23 - Concepcion - Santiago - Cidade los Andes.
Saímos do hotel e eu pretendia deixar Concepcion para trás o mais rápido possível
(trauma do dia anterior). O Galo ainda apareceu para nos dar uma garrafa de Pisco. Pelo
rádio o Neto falou: "Marco, vamos passar naquele parque de ontem, nós viemos de
tão longe e não vale pena ir embora sem ver o Oceano Pacífico e os pelicanos". É
claro que concordamos com ele e fomos até lá dar uma olhada. Depois pegamos a
auto-estrada em direção a ruta panamericana (ruta 5) que vai para Santiago. Foi só
tapete preto o tempo todo, com pedágio e tudo. Santiago pode ser cruzada por uma via de
duas pistas que passa pela cidade sem muitos cruzamentos ou semáforos. Na saída pegamos
um caminho alternativo para fugir dos pedágios e chegar a Los Andes, ruta 60, onde
pretendíamos dormir antes de cruzar a cordilheira. Em Los Andes o guia camping do Chile
indicava um local com chuveiro quente, restaurante e lugar para armar barracas. Na verdade
é um restaurante com um campo de futebol gramado ao lado. O único inconveniente; havia
uma discoteca ao lado com um som infernal. O dono bem que avisou, mas nós resolvemos
ficar. Para encurtar a história, no meio da noite me lembrei que tinha algodão na caixa
de primeiros socorros e fui buscar para entupir os ouvidos e poder dormir. Fora isso tinha
um trem que passava de vez em quando e os caminhões na estrada que liga o Chile com a
Argentina. |
24 - Cidade los Andes - Los Caracoles - Passo da Liberdade (Complexo Los Libertadores) -
Fronteira Chile/Argentina- Cristo Redentor (4200 m s.n.m.) - Puente del Inca - Parque
Provincial do Aconcagua - Mendoza.
Foi com prazer que saímos deste camping começamos a subir a cordilheira. O primeiros
deslumbramento é a parte denominada "Los Caracoles". Nesse lugar a estrada vai
literalmente subindo em zig-zag até um ponto onde se pode ver quase todo o trecho. Lá em
cima chega-se ao túnel. Há um novo de duas pistas e um velho estreitinho. É claro que
fomos pelo velho, mas antes tivemos que pedir permissão, pois ele só é usado em caso de
emergência e o funcionário tem que reportar o número das placas dos carros para o
pessoal que fica na saída. |
Do outro lado descemos um pouco e encontramos a direita uma outra edição
de caracoles, de terra, que sobe até o antigo passo Cristo Redentor a 4200 m s.n.m.
(sobre o nível do mar). Subimos e notamos que os motores Toyota agüentam bem a altitude,
desde que a gente pise no acelerador bem de leve. Caso contrário, ele dá uma engasgada e
solta uma nuvem de fumaça branca. Lá no alto o ar rarefeito nos deixou bem cansados.
Mesmo assim ainda subimos a pé mais um morro para ver a paisagem do alto. É deslumbrante
e indescritível. |
Dali descemos de novo para o asfalto e continuamos descendo em
direção a "Puente del Inca", uma ponte natural por onde se passava antes de
existir a estrada. Aliás, a estrada é margeada por uma ferrovia que infelizmente está
desativada. Ali comemos mais umas empanaditas e continuamos a descida em direção à base
do Aconcágua. É claro que tivemos que fazer os trâmites de saída do Chile para depois
entrar na Argentina. O complexo fronteiriço da Argentina é no estilo
"drive-thru". Saímos da estrada à esquerda e entramos no Parque Provincial do
Aconcágua (é um parque da Província de Córdoba). |
A base
fica a uns 3.000 m s.n.m. e o pico chega a mais de 6.900 m. Fizemos uma pequena caminhada
porque a altitude nos deixava cansados em um curto espaço de tempo. Depois continuamos a
descer a cordilheira, passamos o controle de fronteira, sempre margeando o Rio Mendoza e
com paisagens maravilhosas. Mais abaixo (uns 1500 m de altitude) a paisagem começou a
ficar verde e apareceram árvores e vegetação. A parte da travessia é muito árida. |
A
estrada seguia sempre margeando o rio. Pegamos o transito pesado de um fim de tarde de
domingo. O povo de Mendoza voltando para casa. Na entrada da cidade paramos em um
"Family Inn" (é um tipo de motel que cobra o preço de um 4 estrelas, a
justificativa para o preço é a "pilleta" ou piscina). Estávamos tão
cansados (e felizes) que resolvemos dormir ali mesmo e encomendar a comida pelo telefone.
É claro que também aproveitamos a pilleta. |