Ushuaia 99 - Parte 13
A viagem dia-a-dia (25/01 - 28/01)
Descrição da viagem dia a dia:
25 - Mendoza - General Cabrera - San Francisco
A partir daqui começou a volta propriamente dita. Marcamos a rota mais direta para a
cidade de Paraná e decidimos subir o rio pela margem esquerda (lado Leste). É uma reta
só. Tomamos uma estrada secundária, sem pedágio, que ia passando dentro de todas as
cidadezinhas do caminho. Aqui vai um aviso; em quase todas as cidades havia um radar para
flagrar o incauto viajante. Onde não havia radar, havia um guarda municipal pedindo
contribuição para comprar uma viatura nova. Não nos pegaram! É uma região agrícola
com muita soja, trigo e amendoim. Só paramos mesmo em General Cabrera para comprar La
Yerba para meu amigo argentino que havia dado as dicas da viagem. Fomos até San
Francisco, onde chegamos já escurecendo e pegamos um hotel com cochera e jantamos
em uma churrascaria.
26 - San Francisco - Santa Fé - Parana - La Paz - Santo Tomé.
Mais um dia de "tapete preto" com a travessia (por baixo) do Rio Paraná.
Aqui o Neto quase teve um enfarte, pois medidor de altura do pedágio estava quebrado e
veio um velhinho com um gabarito medir a altura do bagageiro do carro dele. O
"medidor manual" inclinou o gabarito até encostar no bagageiro, fazendo o Neto
pagar três vezes mais do que eu. Na saída do túnel uma placa indicava a distância até
São Paulo (2.259 km, pertinho). Tentamos subir ao longo do rio para o norte na direção
de Corrientes, mas um guarda rodoviário nos avisou que havia uma ponte caída entre La
Paz e Esquina. Antes de pegar o desvio entramos em La Paz, uma típica cidade ribeirinha,
para apreciar a paisagem e fazer o nosso pic-nic. Tivemos que desviar por uma estrada de ripio até a nossa velha conhecida ruta 14. Na 14 tomamos a direção norte para Santo Tomé.
Começamos a cruzar com caminhões brasileiros e pegamos muitas obras na estrada. Chegamos
em Santo Tomé já no escuro e fomos procurar um hotel. Havia um hotel muito bom do
Automóvel Clube Argentino (ACA), onde nos hospedamos e jantamos. |
27 - Santo Tome - Santo Inácio - Puerto Iguazu - Fronteira Argentina/Brasil - Foz do
Iguaçú, PR - Cascavel, PR.
Dali, a única parada seriam as ruínas da Missão de Santo Inácio. Paramos em Santo
Inácio mais ou menos ao meio-dia e a temperatura devia estar por volta de 40 oC
e úmido. Passeamos pelas ruínas e comemos alguma coisa. Aqui vale lembrar que, a
municipalidade cobra para estacionar em qualquer lugar da cidade, mesmo que seja no meio
do mato. Continuamos para Puerto Iguazu, cruzamos a última fronteira e entramos no Brasil
finalmente. Essa última passagem de fronteira foi a mais simples de todas. Paramos em um
posto Texaco para abastecer e nos separamos. O Neto e Cia. iam ficar ali mais um dia e
nós seguimos para Cascavel. Em Cascável conseguimos um ótimo hotel à beira da estrada
que tinha piscina e cobrava a metade do Family Inn de Mendoza. Vale lembrar que o Paraná
deve ser o estado com o maior número de postos de pedágio do país. As estradas não
são grande coisa, mas são: pedagiadas, esburacadas, radariadas e cheias de
quebra molas.
28 - Cascavel, PR - Campinas, SP.
Bom, de Cascavel a Campinas foi um chá de tapete preto, com uma passagem memorável
por Santa Maria da Serra perto de São Pedro e Piracicaba. É um lugar que deu vontade de
explorar com mais cuidado em outra oportunidade. Fica do lado norte do Rio Tietê, entre
Botucatú e São Pedro, passando por uma estrada estadual secundária de asfalto (SP-191).
Com o rádio PX no canal 5 curtimos o papo dos caminhoneiros e acabamos chegando em casa,
Campinas, no final da tarde. Ainda deu tempo para descarregar o carro, retirar o bagageiro
e enfiá-lo na garagem. Confesso que estranhei minha própria cama ! |
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