Ushuaia 99 - Parte 10
A viagem dia-a-dia (18/01 - 19/01)
Descrição da viagem dia a dia:
18 - San Carlos de Bariloche - região dos seis lagos - Parque
Nacional Lago Tromen/vulcão Lanin.
De manhã fomos conhecer o Cerro Catedral, onde fica o centro de esqui
de Bariloche. Com sol e sem neve é meio sem graça. Depois fomos até a
cidade, que estava entulhada de turistas com trânsito congestionado e
tudo. Fizemos as compras habituais (sanduíches, refrigerantes, etc) e
seguimos para os lagos. Ainda paramos em Villa Angostura para abastecer e
comer umas "empanaditas". O percurso dos lagos é tão bonito
que esquecemos de tirar fotos. Dali para a ruta 234 que dava acesso ao
Vulcão Lanin pegamos um pedaço de asfalto. Depois entramos na pior
estrada de toda a viagem, foram uns 60 km de costela e uma poeira preta e
fina. A chegada ao pé do vulcão compensa a estrada. Perguntamos pelo
camping e fomos informados que havia um semi-selvagem. Topamos a parada e
nos embrenhamos em uma trilha no meio do bosque que foi dar no lago mais
lindo que já vi em minha vida, Lago Tromen. Havia um acampamento de
pescadores em uma ponta de uma longa praia e com um riozinho ao lado.
Ficamos ali mesmo. A água estava gelada demais para pensar em banho.
Ainda dei uma passada pelo riozinho e fui testar a areia do outro lado.
Quase atolei porque havia esquecido de engatar a reduzida antes de cruzar
o rio e, uma vez do outro lado, não podia parar na areia fofa. Cozinhamos
o jantar na beira daquele lindo lago e fomos dormir. O céu estava
incrível. |
19 - Vulcão Lanin - Fronteira Argentina/Chile - Passo Mamuil Malal -
Subida ao Vulcão Villarica - Pucon - Villarica.
De manhã
desarmamos as barracas, tomamos café e fomos até o extremo da praia
(agora com a reduzida engatada) cruzando mais um rio. De lá podíamos
avistar o vulcão por trás das montanhas que limitavam o lago. Muito
bonito. Voltamos, atravessamos os rios, passamos na mata, mais um rio e
saímos do parque em direção a fronteira.
|
A
travessia foi uma festa, pois esta fronteira tem um montão de
funcionários e pouquíssimo movimento. Do lado do Chile andamos uns 30 km
até chegar no posto fronteiriço. Depois daí andamos mais uns 60 km e
pegamos o asfalto em direção a Pucon. Esta cidade é bem turística e
estava entulhada de gente. |
Compramos
algo para comer, tentamos telefonar e fomos atraídos pelo vulcão
Villarica. É um vulcão ativo e fica soltando uma fumacinha. O guia
indicava uma estrada secundária de terra subindo pela encosta do vulcão.
É claro que fomos para lá. Subimos até onde havia estrada, depois virou
trilha com uma placa com o desenho de um jipe e os dizeres "enganche
en primera". |
Mais
acima demos com uma cancela próxima a um abrigo abandonado. Olhamos para
um lado e para o outro, como ninguém protestou, abrimos a cancela e
continuamos subindo (4x4 e reduzida). Paramos quando havia uma pedra do
tamanho de um carro no meio da trilha. Nesse ponto resolvemos fazer o
nosso pic-nic pois a vista era demais. Víamos todo o vale e o lago
Villarica ao fundo. Descemos um pouco do caminho e fomos conhecer Las
Cuevas de Villarica que é um empreendimento particular para mostrar uma
gruta cavada pela lava do vulcão. |
Depois
retornamos e saímos em busca de uma cabaña. Encontramos uma ótima na
beira do lago e entre Pucon e Villarica. Fomos nadar no lago. Agora a
água estava agradável e deu para dar uma boa descontraída. Sentíamos
muita falta do pessoal que havia iniciado a viagem conosco. Achávamos que
eles também iriam curtir muito esses passeios. Resolvemos fazer um
churrasco, ainda havia Sol, eram ainda 19 horas. Fomos a cidade comprar
carne, cerveja e outros adereços e fizemos uma churrascada na varanda da
cabana. Aproveitei para ligar para Concepcion para pedir ao meu amigo Galo
que nos reservasse um hotel pois iriamos fazer a manutenção dos carros
na oficina do "Full-traction center" que eu havia conhecido em
março de 98. |
 |