Baseados na indicação do Sr. Henrique, às 10h30 seguimos o
trajeto, encontrando logo de cara um riacho em que a passagem deveria ser feita pelas
margens, pois a ponte que existia ali comportava apenas a passagem de pessoas e cavalos.
O primeiro carro a tentar foi o JPX do Pateta, que ficou totalmente
atolado na subida da outra margem. Ele ficou atolado de uma forma tão grande que o
guincho não agüentou o esforço necessário para tirá-lo e quebrou.

A passagem poderia ser feita também pelo lado direito da ponte e foi
com essa intenção que o Jeep do Nicolai passou graças a um grande trabalho com patescas
e cabos adicionais, O JPX do Pateta conseguiu ser guinchado.
Na seqüência, todos os demais conseguiram passar pelo rio. O Engesa
do Sérgio, o JPX do Luís e o Jeep do Tatu, todos pelo lado direito, que acabou ficando
mais fácil, pois existiam melhores pontos de ancoragem.
Todos puderam constatar que o riacho não era o único obstáculo a ser
vencido após o encontro com o Sr. Henrique. Sucessivamente foram aparecendo pequenos
atoleiros, subidas e descidas lisas, devido a chuva dos últimos dias e que estavam
proporcionando um bom divertimento de final de trilha.
Às 13 hs, o comboio parou, pois havia uma imensa
subida que o Jeep do Nicolai não conseguia subir só com a tração traseira, e para
piorar, o cabo do guincho havia estourado em um obstáculo anterior, portanto a solução
foi retirar o cardã do Jeep do Tatu e recolocá-lo no Jeep do Nicolai, conseguindo assim
transpor o obstáculo. Os demais conseguiram subir sem problemas.
Eram 14h19 do domingo, dia 29 de setembro. A alegria de todos era
radiante e contagiante. Havíamos chegado ao final da Trilha do Telégrafo, que fica no
bairro de Batuva. Depois de três dias de extenuantes trabalhos, muita diversão, muita
adrenalina, muito cansaço, muita lama, muita água e
muito, mas muito mesmo
companheirismo.
A direção a seguir no final da trilha, conforme o planejado
anteriormente, foi Guaraqueçaba, onde o jipes viraram atração turística, tamanha foi a
atenção que despertaram na cidade. Ali almoçamos farta e merecidamente. Decidimos
dormir em Guaraqueçaba, com exceção do Augusto e do Sérgio que retornaram para São
Paulo no mesmo dia.
No trajeto de volta, pudemos apreciar a belíssima Serra da Graciosa,
que pelo visual das paisagens faz jus ao nome que tem.
A chegada a São Paulo, nas barbas da Regis Bittencourt, significava a
vitória alcançada, o sucesso realizado: a Trilha do Telégrafo / Ariri já fazia parte
do currículo de nossos aventureiros. |