Ushuaia 99 - Parte 5
A viagem dia-a-dia (06/01 - 07/01)
Descrição da viagem dia a dia:
06 - Viedma - Camino de la Costa - Sierra Grande.
De Viedma até a Costa seguimos o asfalto. No caminho fomos parados por um guarda que
estava fazendo a estatística dos turistas que entravam na Província de Rio Negro Depois
de tomar umas notas e uma conversa nos colou um adesivo em cada para-brisas para que os
próximos guardas desta província soubessem que já estávamos registrados. Tomamos o
caminho ao longo da costa e chegamos ao farol El Condor. Esta região é cheia de um tipo
de papagaio branco e preto que voa aos bandos. |
Depois do farol pegamos uma estrada de terra que ia até a Loberia. Depois de
pagar a entrada pudemos ver do alto da falésia uma colônia de Lobos do Mar em pleno
processo de parição. Haviam Lobos do Mar de todos os tamanhos e idades, inclusive
recém-nascidos. Seguimos ao longo da costa por uma região cheia de falésias. Paramos
para fotos encima de uma falésia. O Fernando quase atolou o JPX (de novo !), ou pelo
menos foi isso que o Neto falou no rádio. Chegamos a uma praia onde havia uma família
argentina pescando. Entramos na areia com os carros pois a camionete deles estava sobre a
areia. O pescador nos deu uma ótima dica, seguir pela praia até onde desse em vez de
continuar pela estrada de terra. Todo mundo topou e saímos por aquela areia fofa em
terceira reduzida curtindo adoidado. Mais para frente deixamos a praia e a costa seguindo
por uma estrada de ripio em direção a ruta 3. Nós íamos na frente dando as dicas para
o pessoal atrás porque a poeira estava muito densa. Eu ia avisando pelo rádio quando
havia mata-burro, buracos ou carros em sentido contrário. Numa dessas avisei: mata-burro
depois da curva ! Quando olhei no retrovisor tinha um JPX passando pelo mata-burro, só
que ele estava meio de lado. |
Nosso próximo objetivo eram as Minas de Sierra Grande. O Neto
havia lido uma reportagem onde o pessoal havia entrado de carro dentro das galerias das
minas. Quando chegamos lá isso não era mais possível (teria que ser combinado com muita
antecedência). Em compensação haviam dois tipos de passeios dentro das minas, um
simples e um com rapel. Ambos guiados por antigos trabalhadores da mina, pessoas
simpáticas e muito divertidas. Eu, Tércia e Rosa pegamos o simples. O resto da turma
pegou o passeio com rapel. |
Todos os dois foram emocionantes e divertidos. Acampamos ali mesmo, tomando
banho a uns 300 m do camping. A coisa era meio desorganizada e ninguém nos avisou que
eles alugavam cabanas para oito pessoas. Em compensação, o dono do restaurante preparou
um jantar pantagruélico para nós. |
07 - Sierra Grande - Peninsula Valdez - Puerto Madryn.
Nosso próximo objetivo era a Peninsula Valdez, onde esperávamos ver os primeiros
pingüins. Continuamos na ruta 3 até a entrada da península. Seguimos até onde
podíamos pegar uma estrada de ripio para o Golfo San Jose onde há uma reserva marítima
na Isla de los Pajaros. Tiramos fotos de todos os pássaros que pudemos e seguimos para a
entrada do Parque (a península toda é um parque nacional argentino). Depois de pagar as
entradas e ver um pequeno museu decidimos ir até Puerto Piramide comprar comida e depois
nos dirigimos até a Punta Norte para comer e ver os Lobos do Mar. Foi nosso primeiro ripio de verdade e
decidimos usar as telas nos para-brisas. Logo percebemos que era impossível dirigir sem
cortar um buraco nas mesmas. Paramos e cortamos buracos retangulares de uns 20 x 30 cm nas
telas, bem em frente do motorista. Eu me sentia como um motorista de tanque dirigindo por
aquele buraco, mas logo nos acostumamos. Pelo menos sabíamos que nossos para-brisas
estavam bem protegidos quando passávamos por carros com apavorados motoristas com as
mãos nos para-brisas pelo lado de dentro. Chegamos a Punta Norte e nos instalamos encima
de uma duna para comer os sanduíches, indo depois observar os Lobos do Mar. Ali por perto
também haviam Elefantes Marinhos. |
De
lá fomos para a Punta Cantor observar os pingüins e seus filhotes bem de perto. O vento
era tão forte que tínhamos que estacionar os carros de frente para o vento, do
contrário não conseguiríamos fechar as portas dos carros. Pelo menos, o forte vento
desviava a poeira dos carros quando seguíamos em comboio. No mesmo lugar pudemos ver os
elefantes marinhos do outro lado da " calleta". Também havia um elefante
marinho tentando comer os pingüins. Dali seguimos para Punta Delgada onde há um hotel 5
estrelas cheio de gente chatérrima que não nos deixou nem chegar perto. Retornamos
tentando passar pela Salina Grande, mas nos deparamos com uma porteira fechada e não
arriscamos penetrar em propriedade privada. Depois da entrada do parque pegamos uma
estrada asfaltada que ia direto para Puerto Madryn, onde chegamos já com o dia escuro.
Lá fui eu procurar hotel com cochera, bom e barato. Depois de bater pernas por umas
quatro quadras obtive a informação que queria de uns rapazes que estavam comendo em uma
lanchonete. Fomos para o hotel e nos instalamos. Como éramos oito procurávamos pegar
dois quartos duplos para os casais e um quarto quádruplo para " los varones".
Assim ficávamos bem instalados e pagávamos menos. Nesse hotel nos ofereceram um desconto
se não exigíssemos a nota fiscal (é claro que aceitamos !). Fomos jantar em um
restaurante próximo. |